O que as melhores empresas do país esperam para 2019
Executivos das companhias premiadas compartilham as perspectivas para seus negócios e para o Brasil nos próximos anos.
Ao longo da premiação, que aconteceu na noite desta quarta-feira (24/10), perguntamos aos executivos e executivas das maiores empresas do país qual será o maior desafio para os seus negócios no próximo ano, considerando as incertezas políticas e econômicas. Os representantes das companhias disseram suas expectativas para 2019 no país, em suas organizações e respectivos setores.
Confira as opiniões dos executivos e executivas:
“Nosso setor é muito resiliente. Crescemos e inovamos tanto, que há quase uma nova Natura dentro da Natura. Em 2019, completaremos 50 anos e o desafio é continuar nossa história de transformação. Acredito que as dificuldades indicam possibilidades.”
João Paulo Ferreira, presidente-executivo da Natura
Liliana Aufiero, presidente da Lupo
“Estamos otimistas. Os últimos anos foram difíceis, mas a nossa expectativa é positiva. Acho que o país está funcionando bem. O nosso setor, infraestrutura de telecomunicações, é necessário em qualquer cenário. Ele não tem partido político. As pessoas querem se conectar à banda larga, à internet, e isso não tem cor partidária. Nós, o setor de telecomunicações, somos o motor dessa mudança e ela é inevitável – pode acontecer mais lentamente ou mais rapidamente, mas é uma mudança da sociedade em que todas as pessoas querem estar conectadas, todas as casas vão estar conectadas, todas as empresas têm que estar conectadas. E, como o nosso negócio principal é fornecer essa conexão, nós estamos confiantes. Independentemente de qualquer situação política ou econômica, o setor vai ter um bom desempenho.”
Eduardo Navarro, presidente da Vivo
“Quando a gente olha para 2019, no geral a gente está otimista em relação à economia. Otimista com relação a continuar inovando, continuar investindo. O pior já passou. Ainda tem incerteza em relação à eleição, mas a gente acha que, qualquer que seja o vencedor, a mera definição vai ajudar bastante a economia a continuar crescendo.”
Sergio Saraiva Pontes, vice-presidente executivo de desenvolvimento organizacional da Cielo
“Nós vamos completar já 100 anos de empresa no ano que vem, então a companhia já passou por muitos cenários bastante diferentes. Acho que o grande ponto é que a gente vem sempre trabalhando na competitividade, na inovação, numa linha de produtos muito diferenciada, no melhor que tem de tecnologia mundial. Então, apesar das instabilidades que o país possa sofrer, nós temos produtos e tecnologias que garantem uma competitividade e um acesso importante ao mercado. Então nós ainda pretendemos continuar crescendo, assim como este ano. Nosso plano é de crescimento e de inovação.”
Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay
“Sou otimista com 2019 porque os dois candidatos à Presidência já declararam apoio ao setor de construção. Temos passado por um período difícil, mas não vejo motivo para o país não construir mais casas. O vencedor das eleições [presidenciais] precisa ter juízo e fazer as as reformas que não foram feitas este ano.”
Rubens Menin, presidente do conselho administrador e cofundador da MRV
“Eu espero que neste domingo agora a gente encerre esse período turbulento e que as lideranças políticas tenham o bom senso de se alinharem e discutirem realmente os problemas do Brasil. Espero que a gente comece 2019 numa outra ‘vibe’, num outro tipo de humor, trabalhando no que o Brasil precisa. Depois do resultado [das eleições], de toda essa guerra total, espero que a gente tenha um ano muito melhor.”
Marco Stefanini, fundador e presidente da Stefanini
“A gente está bastante confiante com o futuro do país. Achamos que, apesar desse processo eleitoral turbulento, a gente vai entrar em 2019 numa retomada da economia, qualquer que seja o resultado – ainda que lenta, mas gradual. Nós acabamos de anunciar uma associação com o banco Itaú. Acho que o grande desafio é melhorar ainda mais a performance financeira e se aproximar ao máximo dessa parceria, para conquistar mais mercado com solidez.”
Marcelo Roboredo, diretor financeiro da Ticket
“Estamos muito otimistas. Temos três produtos importantes que estão num contexto favorável – açúcar, etanol e biomassa. O açúcar, que a gente exporta, teve aumento [de preço] de quase 35% nas últimas semanas. Isso deve melhorar bem a rentabilidade do setor. O etanol está se beneficiando de uma política mais realista da Petrobras. O consumo de etanol subiu por conta da readequação da política de preço da gasolina e vai continuar a subir no ano que vem – tanto pela competitividade quanto pela retomada de consumo no país, que já está acontecendo. O etanol está cumprindo um papel maior na matriz de combustível do país. E também temos a cogeração, que é outra parte importante do nosso negócio. Produzimos energia elétrica de biomassa, uma energia limpa que vai contribuir com o Brasil na retomada da produção industrial. Vamos poder colaborar para o Brasil atingir as metas de redução de carbono conforme o Acordo de Paris. Sustentabilidade vai ser sempre uma parte importante do nosso negócio.”
Mario Lorencatto, presidente da Usina Coruripe
“Cada vez mais precisamos de estabilidade política para elevar a exportação. Com isso, será fácil ter novos produtos e inovar. Somos sempre otimistas, afinal o Brasil é maior que a crise. Trabalhamos com crescimento contínuo, sustentabilidade e simplicidade.”
Hilton José da Veiga Faria, diretor de recursos humanos da WEG
“Estamos otimistas com 2019, achamos que vai ser melhor que 2018. No mínimo, passa a incerteza. Independentemente de quem vença, teremos um novo presidente. Atuamos num mercado bastante promissor, que continua crescendo, a despeito das dificuldades econômicas.”
Vânia Nogueira de Alcantara Machado, presidente do Aché Laboratórios Farmacêuticos
“Estamos projetando um ano de crescimento. O setor elétrico é um setor que responde à economia. Estamos vivendo num quadro macroeconômico estabilizado, com taxas de juros baixas, inflação controlada… O crescimento econômico este ano ainda será baixo, mas já há sinais de recuperação. Projetamos um aumento de 2% a 3% no mercado de energia elétrica.”
Miguel Setas, presidente da EDP Brasil
“Tenho crença de que o país vai crescer e mudanças vão vir. Nossa marca tem 66 anos e já passamos por várias crises – crescemos, reformamos e mudamos. O importante é sempre colocar o consumidor no centro da decisão.”
Ricardo Bomeny, CEO do Bob’s
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